O ideal é um modelo

Aqueles que trilham o caminho do autodesenvolvimento estão conscientes de que sua forma atual, em questões de capacidades, hábitos, virtudes, fraquezas e forças, está ainda incompleta e por isso almejam desenvolver-se, e trabalham arduamente para este fim. Também possuem uma concepção do que seria o seu “eu ideal”, ou seja, o ser humano fortalecido e resiliente que querem se tornar. Geralmente o ideal é criado por nós de duas formas, ou por inspiração em pessoas: grandes pensadores, famosos, líderes espirituais, esportistas, milionários, ou por um conceito abstrato, como o do sábio, do iluminado ou do alfa.

Ter um ideal é natural e não há problemas em tê-lo, sendo ele necessário para que tenhamos um norte e possamos trilhar um caminho com direção definida. Porém há um ponto de advertência: é necessário que se tenha a consciência de que estes ideais, criados em nossas mentes, seja por inspiração em pessoas ou por conceitos abstratos, são apenas modelos. Um modelo é algo que se quer ser, e tê-lo nos leva a buscar ser melhores, porém tornar-se o modelo não parece ser possível em sua totalidade, já que somos humanos. Como humanos temos vulnerabilidades, que dificilmente vemos em nossos modelos, mas facilmente vemos em nós. Um exemplo deste fenômeno, o mal uso de modelos, está na forma como nos é apresentado e como consumimos mídias.  Vemos apenas os feitos e não percebemos que este alguém, o autor do feito, já tentou, falhou, tentou novamente, teve dias bons e dias ruins, pensou em desistir, persistiu, e que mesmo conseguindo sucesso em um fim específico ainda é falho em outros aspectos, e que isto é natural.

Portanto, tenha seus ideais, mas esteja consciente que ninguém pode ser um super-homem, e quando demonstrar suas falhas humanas, não necessariamente significa que esteja no caminho errado, sendo assim, basta aceitar-se, recompor-se e continuar caminhando rumo à quem realmente quer ser.

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